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Crónicas do Quintal

Blog sobre o que se vai passando neste nosso "quintal"

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Crónicas do Quintal

17
Out17

Os incêndios em Portugal

João Mateus

incendios.jpg

 

Agora que tudo parece mais calmo e já estamos em Outubro, vou finalmente, também eu falar de incêndios.

 

Em primeiro lugar porque há (mais) incêndios:

 

  • Incêndios sempre houve, quer por causas naturais ou provocado pelo homem, sejam por negligência sejam deliberados (e não se pense que apenas por mão criminosa pois desde há muito que se provocam queimadas quer para limpar os lixos que se formam na terra quer, muitas vezes para queimar os detritos que resultam da limpeza das matas)

  • Porque o interior deixou de ser habitado e logo, deixou de haver hortas que, à partida tornam a progressão do fogo mais lenta, deixou de haver rebanhos que necessitavam de pastagens, deixou de haver lareiras para queimar os resíduos das limpezas que passaram, muitas vezes, a ficar nos terrenos sem que lhe fosse dado qualquer destino

  • Porque se plantaram árvores que não são resistentes aos fogos e muitas vezes sem qualquer ordenamento, isto é, em cima das estradas e das localidades e,outras vezes, até se construiram casas no meio das matas

  • Porque há mais ocupação dos espaços das matas por pessoas que desconhecem os cuidados a ter quando quando nelas se permanece ou quando por elas se circula

  • Porque o aquecimento global, ao contrário do que diz o nosso “amigo” Trump, é mesmo um facto e as estações do ano deixaram de ser o que eram e as temperaturas elevadas deixaram de existir apenas no período de verão

 

Pelo que fica dito, acho que todos acabamos por compreender que existam mais fogos, mas o que espanta é, sem dúvida o número de ignições e e área ardida.

 

Tentemos então perceber porque acontecem:

 

  1. No que diz respeito às ignições, não tenho dúvidas que na sua esmagadora maioria está a mão humana, fazendo queimadas não programadas e quando as condições atmosféricas o não aconselham, fazendo fogueiras em locais onde não deviam ser feitas, lançando pontas de cigarro de carros em andamento, lançando fogo por vingança ou qualquer outro motivo, etc. embora por vezes possam, como aconteceu em Pedrógão existir outras razões

  2. Já no que diz respeito à sua propagação sem dúvida que o factor número um é mesmo o facto de não existirem pessoas no campo, quer em número suficiente quer pela sua idade, para poderem apagar o incêndio quando do seu inicio ou, pelo menos, combatê-lo até chegarem os bombeiros. Isto era o que se fazia antigamente, agora por vezes até as que existem, limitam-se a assistir e até a filmar como ainda ontem se viu numa televisão.

  3. Por outro lado, no que diz respeito aos meios de combate disponíveis parece que, no que diz respeito aos meios terrestres (corpos de bombeiros) não só não aumentaram de acordo com as necessidades (ver aqui https://www.pordata.pt/Portugal/Corpos+de+Bombeiros-1107) como baseando-se sobretudo no voluntariado e conhecendo a propensão das pessoas de hoje para o voluntariado, não tenho dúvidas que o número de elementos é, capaz de até ter diminuído. Depois há os meios aéreos que têm que ser alugados e dependem não só da sua existência como da existência de disponibilidade financeira para o fazer. Quer num caso quer noutro, há ainda a questão da programação do pico da sua utilização estar “programada” de acordo com condições atmosféricas típicas do verão que hoje já não são exclusivas dessa altura,

 

O que fica dito, é do conhecimento de todos e não tenho dúvidas nenhumas também dos sucessivos governos, e não eram precisas comissões independentes para “descobrir” o óbvio!

 

Porque não agiram então, até agora sobre o assunto?

 

  • Alguns por uma questão ideológica que não permite que o Estado meta o nariz em certos assuntos

  • Outros porque, em Portugal; é extremamente difícil meter-se com a propriedade privada (sobretudo com a pequena propriedade) e o que há a fazer tem muito com essa área (em último caso será preciso expropriar quem não cuidando das matas prejudica os que lhe estão próximos)

  • Uns e outros porque, obrigados a cumprir as metas impostas por Bruxelas sabem que, dificilmente terão as disponibilidades financeiras necessárias para levar a cabo o que é preciso fazer.

 

 

 

 

10
Out17

HOJE VAMOS FALAR DE POLÍTICA A SÉRIO!

João Mateus

Para que não haja confusões devo, desde já dizer que, para mim, o PSD sempre foi um partido liberal e o PS o verdadeiro partido social-democrata.

 

Por este motivo, sempre foi para mim preferível um governo PS a um governo PSD, sózinho ou acompanhado.

 

Assim, nas eleições de 2015, apesar de ser o que se pode considerar um eleitor da área do Bloco de Esquerda (situo-me nesta área desde os tempos da UDP), votei PS porque, na dúvida em relação à votação no Bloco naquelas eleições, era o partido que mais garantias me dava de poder ter uma votação de permitisse correr com Passos Coelho e a PAF do governo!

 

Foi esta a segunda vez que o fiz, pois a primeira acontecera quando foi necessário correr com Cavaco!

 

Confesso também que nunca me preocupei em ler o programa do PS para aquelas eleições, pois quando voto, mais do que em programas guio-me sobretudo pelos objectivos estratégicos. Por outro lado, porque acompanhei atentamente a actuação de António Costa quer na CML quer na Quadradatura do Círculo, conhecia bem quer as suas ideias quer a sua forma de actuar (confesso que, se fosse Seguro o candidato do PS, apesar do que disse no inicio, porque considero que a sua actuação como Secretário Geral do PS, nada teve a ver com a social-democracia, nunca nele teria votado!).

 

Depois das eleições, com os resultados das mesmas e com as atitudes dos partidos da esquerda vi, com grande alegria que, finalmente, poderia ser levada a cabo em Portugal a experiência que sempre defendi, isto é um governo efectivamente de esquerda (devo confessar que não era bem esta experiência que aguardava pois sempre defendi que esse governo integrasse elementos de todos os partidos que o apoiavam, mas no momento e condições actuais, permanência no UE e no Euro, seria talvez a única possível).

 

Devo dizer que, se calhar ao contrário de muitos, o que eu esperava deste governo não era apenas a reposição do que existia antes do governo da PAF mas também o levar a cabo uma política que permitisse levar a cabo uma verdadeira política de esquerda que até aí nunca existira em Portugal, pois a que tem estado em vigor desde o 25 de Novembro resulta, sobretudo, dos entendimentos entre o PSD e o PS portanto uma política de centro-direita.

 

Acontece que, após dois anos de vida deste governo (que seriam o prazo que julgaria razoável para ser reposta a situação anterior ao “desgoverno” da PAF) e com as negociações para o orçamento de 2018 é com grande preocupação que assisto ao que daí poderá resultar, isto é, assistir a que as “recuperações” no que diz respeito, por exemplo, às progressões e à reestruturação das carreiras não sejam para todos ao mesmo tempo mas sim, e sobretudo, primeiro para aquelas classes que têm mais poder reinvidicativo, como são, por exemplo, os polícias (por motivos óbvios) os juízes, os médicos, os enfermeiros e os professores, e mesmo no plano fiscal, no que diz respeito ao IRS é ainda, e tão só uma reposição dos escalões que existiam antes, em prejuízo de uma reforma de fundo que inclua o englobamento de todos os rendimentos e faça pagar aqueles que hoje, por qualquer motivo, “fogem” ao mesmo!

 

Para já, fico-me por aqui, mas prometo voltar ao assunto, próximamente!

 

 

 

 

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