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Crónicas do Quintal

Blog sobre o que se vai passando neste nosso "quintal"

Blog sobre o que se vai passando neste nosso "quintal"

Crónicas do Quintal

26
Out16

PORTUGAL O PAÍS DO TENDENCIALMENTE

João Mateus

 

Em Portugal a SAÙDE é tendencialmente gratuita, a EDUCAÇÃO é tendencialmente gratuita, etc, etc.

Eu percebo que essas soluções derivam do facto de ter havido uma revolução que ficou a meio e foi preciso chegar a uma solução de compromisso e aquilo que, eventualmente seria para ser uma coisa acabou por ser outra isto é, quer o peixe quer a carne acabaram por não ser nem carne nem peixe.

Passados mais de 40 anos será que não era altura de nos decidirmos por o peixe passar a ser peixe e a carne passar a ser carne?

O que é que eu quero dizer com isto?

Quer dizer que devemos decidir se continuamos como estamos isto é, nada é efectivamente gratuito, mas co-pago (a despesa divide-se entre o cidadão e o Estado) ou se queremos que umas coisas sejam gratuitas (saúde, alguns níveis da educação, etc) e outras pagas. Isto é se há necessidades, umas delas próprias, outras impostas pelo Estado, que devem, ou não, ser gratuitas.

Porque a noção que tenho é que como estamos é uma confusão pegada, é tudo a reclamar (com ou sem razão) primeiro contra os políticos (que, segundo a voz corrente, são todos uns malandros, porque não fazem nenhum ou uns gatunos) e depois contra o próprio Estado comparando-nos com países que não têm a ver com o nosso quer do ponto de vista económico quer da própria organização jurídica.

É certo que, por qualquer razão que me escapa os portugueses (pelo menos desde que me conheço) nunca foram muito propensos a informar-se o que, para mim é, digamos esquisito, pois fui “criado” por um padrinho ex-combatente da primeira Guerra Mundial que, desde muito cedo me “acostumou” a ler tudo o que me aparecesse à mão, sobretudo jornais. Mas também reconheço que é extremamente dificil num país,onde reina a confusão que tenho vindo a referir, mesmo tentando manter-nos informados, perceber onde começam e acabam os nossos direitos e deveres.

Mas até para decidirmos, o que queremos temos que nos lembrar o custo/benefício das coisas e, quando se fala de custos (impostos) os portugueses fogem disso como o diabo da cruz.

Este post acabou, eventualmente, por sair confuso mas onde reina tanta confusão, se calhar era muito dificil ser mais mais claro.

VIVAM BEM E SEJAM FELIZES!

 

 

26
Out16

Os problemas da Democracia

João Mateus

Nós, com tantos problemas em “casa”, andamos muito preocupados com o que acontece no Brasil, com a burka, com os refugiados (por acaso, com esses até percebo) mas não vemos que o problema profundo é mesmo da Democracia (este tipo de democracia) ou a falta dela, que produz estes e outros tipo de “fenómenos”.

 

Não tenho muitas ilusões que posso mudar o mundo, mas tenho a certeza que posso tentar mudar o meu mundo – Portugal.

 

Ao contrário do que possa parecer, não pretendo vender a ninguém as minhas ideias mas tenho profunda convicção delas e lutarei por elas com unhas e dentes.

 

E, embora isso não queira dizer que me alheie de tudo o que se passa lá fora, não desistirei de o fazer e fá-lo-ei enquanto tiver força , autonomia financeira (que é muito importante), mãos, olhos e boca para isso!

 

Por isso não estranhem a minha forma de ser e de estar e, quando não se sentirem bem na minha companhia, façam favor!

 

26
Out16

Os argumentos da direita a propósitos do novo imposto sobre os imóveis

João Mateus

 

Estes argumentos da direita, são fàcilmente desmontáveis, Senão vejamos:

 

  1. Em primeiro lugar quando se fala de democracia é preciso questionar que representatividade têm aqueles que vêm por em causa alguém que, por mais que lhes doa foi eleito pelo povo

  2. A acreditar pelo que tem sido dito, de facto houve algo que correu mal com os socialistas pois pelos vistos a coisa tinha sido combinada. Isto é o BE ficava com o odioso da questão enquanto o PS ficava resguardainho e o BE (porquê pessoalizar em Mariana Mortágua?) e o BE, pelos vistos não se importou de assumir esse papel.

  3. Ainda havia dúvidas quanto ao que é o BE e aquilo que pretende? Como se o BE, ao contrário de outros nunca o escondeu?

  4. Não era suposto haver uma baixa de impostos? De facto era, mas a baixa refere-se ao conjunto ou apenas a um imposto? É que, de facto “Não há almoços grátis” e quando se vai repor aquilo que de facto foi “roubado” por alguém (e eu que o diga) não haja ilusões é mesmo preciso ir buscar esses recursos a algum lado e aqui é que está o busilis da questão.

  5. O busilis da questão é mesmo esse. Vamos partir do princípio que quem iria pagar o imposto em discussão seria quem teria um património imobiliário de valor superior a 500 000 € que foi o que surgiu na praça publica! Alguém ainda acredita que em Portugal (sim em Portugal) alguém que trabalhou “arduamente” ( e, sobretudo honestamente) durante uma vida inteira conseguiu reunir um património de valor igual ou superior a 500 000€?. Pois vamos a factos:

    a) O meu exemplo, 39 anos de trabalho (36 de funcionário público) 65 anos de idade, o meu “grande património” é uma casa adquirida, com recurso a empréstimo (logo com hipoteca) no valor de 90 000€ que ainda está a ser paga

    b) Mas o exemplo dos meus pais é ainda mais flagrante, trabalharam uma vida inteira, por conta própria ou por conta de outrem, começaram aos 8 e 11 anos, sem horário de trabalho e o património adquirido foi de 2 casas avaliadas pelas finanças em 9 e 18 000€, respectivamente.

    c) Quem é afinal da “classe média” em Portugal? Para mim alguém que terá um rendimento per capita por volta dos 1 200€ mensais! Logo, alguém acredita que com este rendimento alguém se possa abalançar ou ter abalançado a adquirir um património imobiliário superior a 500 000 € ? Só se foi com empréstimo e lá está, vive acima das suas possibilidades, porque o rendimento não se destina só a pagar a casa, é preciso pagar o carro, as férias, os livros para os filhos, eventualmente um curso superior, etc, etc!

 

Por tudo o que fica dito, arranjem outros argumentos e, se não os têm dediquem-se à pesca porque, enquanto políticos são, para usar um termo educado (que é aquilo que normalmente não usam) uma nódoa!

 

 

26
Out16

A liberdade de Imprensa

João Mateus

A nossa liberdade depende da liberdade de imprensa

E ela não pode ser limitada sem ser perdida

Thomas Jefferson

 

Porque partilho deste pensamento de Thomas Jefferson, hoje decidi falar-vos de liberdade de imprensa, mesmo correndo o risco de, por alguns ser apelidado de reaccionário, e não passem já ao post seguinte pois nem sequer vou tomar-vos muito tempo.

Eu sou, digamos, um fruto do fascismo, essa “coisa” que muitos querem fazer crer que nunca existiu em Portugal, mas porque fui “criado” por um padrinho que esteve presente em França na 1ª. Guerra Mundial, desde muito cedo fui habituado a ler jornais (não importava a data) e tudo quanto me aparecesse pela frente, por isso desde muito novo foi habituado a ler e logo, uma vítima da censura então vigente.

Mas da mesma maneira que fui habituado a ler também fui sendo avisado “atenção aquilo que lês, procura ler nas entrelinhas e nunca te esqueças que ler é interpretar o que está escrito”.

Por tudo isto, comecei a observar que os jornais de então se dava notícia de desgraças lá fora, já no que dizia respeito a cá as coisas eram todas maravilhosas, ao mesmo tempo que eu vivia naquilo que, para mim, era a mais perfeita miséria, os meus pais eram ambos trabalhadores rurais, não tinham nada de seu, engordava-se o porco para vender e depois íamos à mercearia, comprar o que de mais barato resultava do porco, uma sardinha tinha que chegar para dois e estávamos sempre a ver quem é que ficava com o rabo (isto porque lá em casa éramos apenas dois porque tinha amigos onde eram três e a sardinha tinha que chegar à mesma), e por aí adiante, quem viveu no Alentejo como eu nessa altura sabe muito bem do que falo!

Portanto, desde muito cedo me habituei a perceber que a imprensa era no mínimo tendenciosa para não dizer mentirosa, isto porque na altura ainda desconhecia a existência da censura, o que só veio a suceder mais tarde.

Por isso uma das coisas que saudei, no 25 de Abril,com maior entusiasmo foi ver aparecer a liberdade de imprensa, podia dizer-se tudo e mais alguma coisa.

Logo aí comecei a ver que os jornais não eram todos da mesma “cor”, mas ainda bem pois assim eu poderia ver melhor qual aquele que defendia mais os meus interesses e pontos de vista.

Portanto, do meu ponto de vista, desde que me conheço, nunca houve imprensa imparcial em Portugal e acho que quem pensa o contrário está muito enganado.

Nós é que temos que perceber quem defende o quê, mas facilitar-nos ia muito a vida se em Portugal , como em muitos países, os órgãos de informação se definissem, primeiro de um ponto de vista ideológico e depois em relação a determinados assuntos.

 

 

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