Se o Orçamento para 2011 passar na Assembleia da República significa que o nosso problema de credibilidade junto dos mercados está resolvido?
Obviamente que não!
De facto, para que o défice de 4,6 % seja cumprido, é necessário levar à prática a execução das medidas nele incluídas , isto é, todas as Receitas e Despesas nele previstas terão que ser rigorosamente realizadas.
Efectivamente, a ser aprovado o Orçamento, será concerteza com a abstenção de algum (ou de ambos) dos partidos da direita, pois não restam dúvidas que a esquerda votará contra!
Ora não é dificil imaginar, tendo em atenção os comportamentos anteriores, que a oposição (como é aliás o seu direito) tudo fará para que determinadas medidas que dependem da aprovação posterior da assembleia, não sejam levadas avante (veja-se o caso das receitas provenientes das portagens nas SCUTS, bem como os aumentos de despesas saidas das verbas a pagar aos professores, resultantes do acordo que o governo, pressionado pela oposição, foi “obrigado” a celebrar com os mesmos).
Este é, efectivamente, o mal dos Governos minoritários em tempos de crise!