“É preciso ter em conta que, em Portugal, o vulgarmente designado por abono de família, é um direito da criança e não dos pais”, dizia há dias um responsável da Segurança Social num programa televisivo de grande audiência.

Se assim é, apetece perguntar porque motivo o referido “abono” está dependente dos rendimentos dos pais?

Há certos casos que só mesmo vistos...porque contados, ninguém acredita!

“Vejamos” então os seguintes casos:

1. “Pai”, 84 anos, reformado, nunca descontou para a Segurança Social (descontou para as antigas Casas do Povo), não paga renda de casa (já a pagou), se não tiver qualquer outro rendimento, tem direito a receber da Segurança Social 400€ mensais (reforma+CSI).

2. “Filha”, 59 anos, “obrigada” a reformar-se ao fim de quase três anos de desemprego por ter perdido o subsídio, descontou 37 anos para a Segurança Social, paga amortização da casa que comprou enquanto trabalhava, tem uma doença incurável (esclerose múltipla), tem direito a receber da Segurança Social 290 € (reforma).

Palavras para quê? (são “artistas” portugueses).