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Jul05
O arrastão que, afinal, não existiu
João Mateus
O arrastão que não existiu é, sem duvida, um exemplo paradigmático do que é hoje a grande informação em Portugal.
Efectivamente, a guerra pelas audiências nas televisões, bem como a luta pelas tiragens no que diz respeito aos jornais, transformaram a informação em Portugal num autentico festival de propaganda onde, o que interessa, não é a divulgação da noticia tal e qual mas sim, quase sempre(felizmente que existem honrosas excepções) o lado sensacionalista da notícia que é aquilo que vende neste pais.
Assim, não interessa investigar quer a veracidade quer a dimensão da noticia, mas sim pô-la no ar antes que alguém da concorrência o faça.
E depois, mesmo que se verifique que afinal as coisas não eram bem assim e que, de facto, se errou, um desmentidozeco qualquer, sem a menor relevância, resolve os problemas de consciência que eventualmente possam surgir.
Só que, de facto o mal já esta feito, e as consequências do mesmo são muitas vezes irreparáveis.
É claro que tudo isto não acontece apenas por culpa dos órgãos de informação, mas também por culpa desta mentalidade que temos de consumir tudo quanto nos enfiam pelos olhos dentro e, se for de uma forma sensacionalista, ainda melhor.
Se dermos uma vista de olhos pelos jornais mais vendidos em Portugal, bem como pelas televisões mais vistas, veremos quais são, efectivamente, as noticias que invadem quer as primeiras paginas, quer as que, normalmente, ocupam a abertura dos telejornais.
Esperar que a noticia seja, alem de factual imparcial, é com certeza uma utopia, estando, como estão, todos os meios de informação nas mãos de quem estão, mas o que acontece no nosso pais não deixa de nos envergonhar quando comparado, por exemplo, com a parcimónia com que os órgãos de comunicação ingleses noticiaram quer os acontecimentos de 7 de Julho quer as suas consequências.
É, efectivamente, tempo de meter a mão na consciência e ver que talvez não seja por acaso que chegamos ao ponto a que chegamos pois a informação é, sem dúvida, o primeiro espelho de um pais quer para consumo interno quer externo, uma vez uma noticia mal trabalhada, hoje em dia, tem sempre quer repercussões internas quer internacionais.
Efectivamente, a guerra pelas audiências nas televisões, bem como a luta pelas tiragens no que diz respeito aos jornais, transformaram a informação em Portugal num autentico festival de propaganda onde, o que interessa, não é a divulgação da noticia tal e qual mas sim, quase sempre(felizmente que existem honrosas excepções) o lado sensacionalista da notícia que é aquilo que vende neste pais.
Assim, não interessa investigar quer a veracidade quer a dimensão da noticia, mas sim pô-la no ar antes que alguém da concorrência o faça.
E depois, mesmo que se verifique que afinal as coisas não eram bem assim e que, de facto, se errou, um desmentidozeco qualquer, sem a menor relevância, resolve os problemas de consciência que eventualmente possam surgir.
Só que, de facto o mal já esta feito, e as consequências do mesmo são muitas vezes irreparáveis.
É claro que tudo isto não acontece apenas por culpa dos órgãos de informação, mas também por culpa desta mentalidade que temos de consumir tudo quanto nos enfiam pelos olhos dentro e, se for de uma forma sensacionalista, ainda melhor.
Se dermos uma vista de olhos pelos jornais mais vendidos em Portugal, bem como pelas televisões mais vistas, veremos quais são, efectivamente, as noticias que invadem quer as primeiras paginas, quer as que, normalmente, ocupam a abertura dos telejornais.
Esperar que a noticia seja, alem de factual imparcial, é com certeza uma utopia, estando, como estão, todos os meios de informação nas mãos de quem estão, mas o que acontece no nosso pais não deixa de nos envergonhar quando comparado, por exemplo, com a parcimónia com que os órgãos de comunicação ingleses noticiaram quer os acontecimentos de 7 de Julho quer as suas consequências.
É, efectivamente, tempo de meter a mão na consciência e ver que talvez não seja por acaso que chegamos ao ponto a que chegamos pois a informação é, sem dúvida, o primeiro espelho de um pais quer para consumo interno quer externo, uma vez uma noticia mal trabalhada, hoje em dia, tem sempre quer repercussões internas quer internacionais.